Sou uma mulher preta Puri, em um processo constante de retomada das memórias e ensinamentos das ancestralidades africanas e originárias. Nasci em Barão de Cocais, Minas Gerais, um território Kaeté, e hoje resido em Salvador, Bahia. Minha jornada como psicóloga está enraizada na compreensão de que nossos fazeres não são neutros, mas localizados, carregados de significado a partir do lugar onde falamos e da história que carregamos.

Ao longo da minha trajetória no campo da Psicologia, venho desenvolvendo pesquisas e trabalhos que estão profundamente conectados com minha vivência como mulher negra, não monogâmica e bissexual, e com minha fé em uma religião de matrizes africanas. Isso significa que eu trabalho a partir de uma perspectiva descolonizadora, acolhendo e reconhecendo as singularidades das pessoas que, como eu, enfrentam desafios e opressões. É sobre criar espaços onde identidades marginalizadas podem encontrar apoio, pertencimento e fortalecimento.

Minha prática terapêutica parte da perspectiva afro-originária, onde ofereço um espaço acolhedor para pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+, usuárias de álcool e outras drogas, pessoas com trajetórias de rua e psicóticas, entre outras identidades dissidentes. Acredito que o autoconhecimento é uma ferramenta poderosa para conquistar autonomia, e meu trabalho é apoiar essa jornada.

Eu sou Assata Nebu Ayó!

(CRP 04/56716)

A ancestralidade não é apenas um conceito, é um fato vivo: antes de nós vieram outras pessoas, e depois de nós virão muitas mais. Nós somos os elos que mantêm essa corrente de conexão viva, e por isso, o cuidado com a nossa saúde mental é essencial para que esses elos não se enfraqueçam.

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Se você se identificou com essa abordagem, seja muito bem-vinde! Este espaço é para você, para suas dúvidas, suas vivências e contribuições. Vamos juntos fortalecer esses elos e promover uma cura que seja pessoal, mas também coletiva.